Quem trabalha com eletricidade já escutou falar por diversas vezes nesses termos, mas a final o que é sobrecarga e curto-circuito e que tipo de proteção devemos usar para nos proteger contra cada caso?

Nesse artigo iremos explicar a diferença entra cada um deles e o tipo de proteção a utilizar para se protegem contra cada caso ou ambos!

Aproveite a leitura!

De modo geral, o curto-circuito acontece quando conectamos um circuito diretamente entre fase-fase, fase-neutro ou fase-terra, fazendo com que a corrente suba bruscamente causando a queima de equipamentos ou desarme de proteções. Já a sobrecarga, como próprio nome sugere, é o excesso de carga no circuito, causado por excesso de equipamentos ligados no mesmo circuito.

Sobrecarga

A sobrecarga é o termo usado quando uma carga elétrica solicitada em um circuito está acima do limite suportável por este. Uma das causas mais frequentes para a sobrecarga é a ligação de muitos equipamentos em um mesmo circuito de tomadas através de adaptadores ou extensões.

Outro problema grave encontrado em residências e indústrias é a instalação de equipamentos sem um estudo adequado de cargas e seletividade causando sobrecarga nos quadros gerais e em algumas vezes até mesmo no transformador de energia.

A sobrecarga pode causar, em casos mais graves, danos aos condutores, tomadas, geradores e/ou transformadores, causando um curto-circuito e podendo levar a danos aos equipamentos e até mesmo incêndios.

Por esse motivo é muito importante se dimensionar corretamente o dispositivo de proteção e os condutores do circuito para que, em caso de sobrecarga, os danos sejam minimizados.

Curto-circuito

De forma mais explicativa, o curto-circuito como o nome sugere é o caminho mais curto que a corrente elétrica percorre em um circuito. Quando dois condutores do mesmo circuito são interligados, a resistência cai bruscamente e a corrente se eleva repentinamente causando esse efeito.

Para circuitos monofásicos e bifásicos, U=RxI onde U é a tensão do circuito, R é a resistência e I é a corrente; como a tensão é constante, se reduzimos bruscamente a resistência teremos como consequência a elevação da corrente.

Quanto maior o tempo de exposição da instalação ao curto-circuito, maiores os danos causados por ele. Por isso é muito importante, ao se dimensionar um dispositivo de proteção, atentar-se à corrente de curto-circuito máxima entre fase-fase, fase-neutro e fase-terra e o tempo de atuação para o dimensionamento correto de sua proteção.

Para calcularmos a corrente de curto-circuito de um sistema é levada em consideração a impedância envolvida desde a rede de distribuição até o equipamento a ser protegido.

O curto-circuito provoca uma elevação da corrente superior ao que circuito foi dimensionado para suportar, logo, todo curto-circuito é uma sobrecarga, mas nem toda sobrecarga é um curto-circuito.

Dispositivos de proteção

Agora que já sabemos a diferença entre sobrecarga e curto-circuito, que tipo de proteção devo utilizar para proteção desses fenômenos?

Para ambos os casos, pode-se utilizar tanto o fusível como disjuntor, no entanto, é mais recomendado que se utilize o disjuntor para sobrecargas por ser um aparelho termomagnético e atuar com mais rapidez nesses casos. Já o fusível possui um elo que ao ser percorrido por uma sobrecorrente se rompe.

É importante ressaltar que existem diversos tipos de fusíveis e disjuntores no mercado, tendo cada um uma função de proteção específica e indicado para proteções de equipamentos específicos. Por esse motivo é muito importante que o dimensionamento de um dispositivo de proteção seja feito por um profissional habilitado e capacitado.

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