Quando estamos em busca de uma empresa para cuidar das instalações elétricas é importante se atentar a alguns pontos. Um aterramento é algo fundamental em uma instalação, uma vez que ele proporciona uma maior segurança às instalações evitando mau funcionamento e queima de equipamentos, choques elétricos por fuga de corrente, além de ser obrigatório para atendimento às normas vigentes.

Aprenda abaixo como fazer um bom aterramento e compreenda mais sobre o assunto.

Boa leitura!

O que é um aterramento?

Um aterramento nada mais é do que um caminho para se fazer uma conexão à terra de forma a evitar possíveis correntes residuais ou de fuga. Normalmente são utilizadas uma ou mais hastes de cobre ou banhadas cravadas à terra, interligadas entre si, e conectadas ao local de proteção, conforme figura 1. Para determinar a quantidade e tipo de haste a ser utilizada é importante que se faça uma estratificação do solo.

figura 1

O que é necessário para fazer um sistema de aterramento adequado?

Para iniciar um projeto de aterramento adequado, é necessário se levar em consideração o tipo de aterramento, finalizada e a tensão a ser trabalhada. Definidos esses parâmetros, deve-se atentar às normas de referências. A seguir citamos algumas: NBR7117-1 Parâmetros do solo para projetos de aterramentos elétricos, NBR 5410 Instalações elétricas em baixa tensão, NBR14039 Instalações elétricas de média tensão, de 1,0 kV a 36,2 kV, NBR5419 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, NBR15751 Sistemas de aterramento de subestações – Requisitos.

Outro ponto importante é com relação à bitola e cores dos condutores a serem utilizados. De acordo com a norma aplicada ao seu projeto são definidas as bitolas dos condutores a serem utilizados. Para instalações externas ou enterradas pode-se utilizar cabo nu podendo ser de alumínio, aço ou cobre desde que este atenda as especificações da norma e para instalações internas são utilizados condutores isolados nas cores verde ou verde e amarela. Importante verificar periodicamente a isolação do condutor utilizado através de um ensaio de resistência de isolamento.

No caso de aterramentos industriais ou prediais é fundamental a contratação de empresa especializada com profissionais qualificados para a realização desse tipo de serviço.

Em geral, essas estruturas contam com os conhecidos para-raios ou Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) que minimizam os efeitos causados por descargas atmosféricas dissipando toda a energia para o solo. Basicamente são utilizados dois tipos de SPDA, o por captor Franklin que consiste em uma haste mais elevada que é conectada ao solo e a gaiola de Faraday que envolve a estrutura por malhas aterradas.

Mitos e curiosidades

Muitas pessoas acreditam que ao se conectar um aterramento a uma estrutura coloca-se em risco a integridade física por possível choque elétrico. Na verdade, o que acontece é exatamente o oposto, um aterramento protege uma estrutura de possível choque elétrico e não o contrário, para isso deve-se garantir a resistência de aterramento adequada e a confiabilidade do sistema e componentes através de medições e inspeções periódicas.

O para-raios atrai raios? A resposta é não. A finalidade de um sistema de para-raios não é atrair o raio e sim minimizar os efeitos causados por uma descarga atmosférica. Os raios são “atraídos” por superfícies mais elevadas que é o caminho mais curto para a descarga das cargas concentradas na atmosfera, conforme figura 2.

figura 2

Se aterrar o meu equipamento junto ao aterramento do SPDA corro o risco de queimá-lo? A resposta é não. Inclusive a NBR5419 recomenda que todos os aterramentos sejam interligados por uma malha única. A eletricidade percorre sempre o caminho de menor resistência, como o solo possui a menor resistência, ela irá para o solo e não para o equipamento. Lembrando sempre que devemos garantir a resistência de aterramento adequada e a confiabilidade do sistema e componentes através de medições e inspeções periódicas.

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